quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Entrevista com o autor Rafael Sales escritor do livro Silhuetas na Penumbra – Semente de Âmbar


Olá pinguins literários!
Trago uma nova entrevista com o autor do livro incrível chamado Silhuetas na Penumbra – Semente de Âmbar




Rafael Sales de Oliveira é paulista, nascido em 1989. É formado em Publicidade e atua em uma ONG na Zona Sul de São Paulo. Atuou em algumas vertentes da arte até se envolver definitivamente com a literatura, Trazendo, através de seus escritos e desenhos, os mundos e personagens tão vivos à mente. Começou a carreira literária em meados de 2010, publicando poemas e contos em antologias e na mesma época começou o processo de criação de seu primeiro romance.
Após 6 anos, e com a expansão do universo, acrescentando diversos elementos do folclore brasileiro unindo a anjos e demônios concluiu a série “Silhuetas na Penumbra. Os primeiros contos foram colocados para leitura gratuita no LuvBook e no Wattpad, este que conferiu o prêmio “Wattys 2017” na categoria “Contadores de Histórias


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Amei ler seus contos de antologia e ler as primeiras impressões do teu livro


Kelly - O que o levou a escrever: Silhuetas na Penumbra?


Rafael Sales - Primeiro, quero agradecer o carinho de sempre da Kelly, que antes mesmo de eu publicar Semente de Âmbar sempre foi uma superparceria, divulgando e torcendo pela minha trajetória com muito carinho. Obrigado mais uma vez pela oportunidade de falar um pouquinho sobre minha escrita.

Bom, durante a minha infância eu sempre busquei produzir arte, de alguma forma; tentei entrar no coral da igreja (o que foi um total desastre), participei de uma companhia de teatro em um ONG na Zona Sul de São Paulo e elaborei dezenas de roteiros para HQs que eu planejava desenhar, até começava algumas páginas ilustradas, mas logo desistia do projeto e partia para outro. Foi no começo da adolescência, lá por volta dos meus 14-15 anos, que eu conheci o RPG de mesa, aquele de fichas, dados e muita imaginação, e comecei a criar histórias tanto de personagens como de mundos e narrativas jogáveis. Com a descoberta deste universo maluco e adorável do RPG, eu vi a possibilidade de converter os roteiros de HQs para enredos literários, e após um sonho maluco (o mesmo que a Elisa narra no começo de Semente de Âmbar), dei início aos primeiros capítulos que após quase uma década se transformou na série.

Faz um tempo que te acompanho como escritor, mas...


Kelly - Qual é o seu regime de escrita ou composição?

Rafael Sales - Eu acho que passo mais tempo elaborando uma história do que de fato escrevendo. Eu converso com meus personagens, crio cenas na mente e rascunho tudo em bloco de anotações. A primeira versão de Semente de Âmbar, que tinha o nome de “Penumbra”, nasceu sem muito planejamento, e foi um erro, pois me vi diversas vezes sem saber como continuar a história, ou para onde ela deveria seguir. Já na versão final, eu passei a descrever, de modo resumido, o que cada capítulo contaria e trilhar uma certa “linha do tempo”, indicando como começaria e como terminaria. Claro que eu quase nunca sigo meu planejamento primário, e muitas vezes a história parte para outros desfechos não imaginados. Mas ter um certo “controle” tem funcionado para mim, até mudar pontos chaves do enredo se torna mais fácil quando, antes, tenho tudo rascunhado. Ultimamente não tenho um regime concreto de escrita, pois comecei a diagramador livros para autores independentes e editoras, (um oficio que descobri amar), mas tenho alguns temas que quero abordar, e quem sabe logo não tenha mais um lançamento por aí. Por enquanto é me dedicar na promoção de Semente de Âmbar.

Amei te conhecer pessoalmente falando sobre você, eu quero saber...


Kelly - Quais são suas maiores influências de escrita?

Rafael Sales - Tomei gosto pela leitura muito tarde, acredito que surgiu quase que no mesmo tempo quando decidi que começaria a escrever. O primeiro autor nacional que li, e justamente por isso vi que era sim possível criar histórias de fantasia no Brasil, foi André Vianco. Ele se mantém como uma grande influência para mim por toda a sua trajetória e o que conquistou sozinho. Ainda na literatura nacional, lembro que li muitas coisas de Eduardo Spohr enquanto criava o universo de Silhuetas na Penumbra, me tornei fã confesso de Carolina Mancini, e admirador de Walter Tierno, pois após ler Cira e o Velho, percebi que eu poderia começar a trabalhar com elementos do folclore para construir narrativas não infantilizadas. Além deles, acredito que sou influenciado pela escrita de Neil Gaiman, Cassandra Clare, Suzanne Collins, por música como Within Temptation e Epica, e filmes no estilo de Constantine, Hellboy e VanHelsing.

Sobre você e o mundo literário...


Kelly - Qual foi sua inspiração de ler livros e escrever neste mundo incrível da literatura?


Rafael Sales - Confesso que o primeiro livro que eu li sem ser obrigado foi Crepúsculo, influenciado não só pela mídia massiva da época, como pela mãe de uma colega minha da infância. Após isso, passei a buscar mais livros no estilo “fantástico”, pois erroneamente eu acreditava que ler era chato, pois tinha à mente apenas os livros que a escola passava como grade de estudo. Após isso, devorei “Sementes no Gelo” do André Vianco e toda aquela narrativa fantástica, sobrenatural e contemporânea me despertou o prazer pela leitura e também pela produção literária. Hoje vejo o quanto fui tolo em desprezar a leitura quando mais jovem, e corro contra o tempo para ler todos os livros que tenho, me seguro para não comprar todos o que quero, e me esforço para me tornar um leitor melhor e um escritor melhor.

Em sua opinião...

Kelly - Quais conselhos para quem quer se aventurar como escritor?



Rafael Sales - É um conselho já saturado, eu sei, mas vale sempre a pena reforçar. Leia bastante, e leia de tudo. Alguns escritores se prendem a ler apenas o gênero que produzem, mas isso acaba limitando sua criatividade e te “cegando” para futuras possibilidades narrativas que podem ser exploradas dentro do gênero que você mais gosta de escrever. O mercado literário é “cruel” para quem entra nele cheio de sonhos e inexperiência, mas aprenda com quem já está nele há bastante tempo, tenha um objetivo claro do que você espera alcançar escrevendo, e por mais difícil que possa ser, não desista e se alegre com cada pequena conquista surgidas no caminho. Desde o primeiro comentário sobre o seu livro, até a primeira pessoa que comprou teu livro. Aceite críticas, não leve para o pessoal, e seja gentil. Gentileza abre muito mais caminhos do que se você se sentir o prodígio da escrita.

Agora falando do evento em breve...

Kelly - O que você espera do evento LiteraSP?


Rafael Sales - Foi uma alegria muito grande quando recebi o convite para participar do LiteraSP, pois acompanho na internet toda a movimentação e empenho dos organizadores nas edições anteriores do LiteraCaxias. Fiquei com a sensação de “olha, eu fui notado, tô no caminho certo”. Desde quando Semente de Âmbar foi lançado pela Editora PenDragon, eu venho participando de eventos e feiras literárias, no que eu chamei carinhosamente de “mini turnê” da série Silhuetas na Penumbra. Nesses eventos conheci pessoas maravilhosas, e recebi muito carinho e apoio. Não tenho dúvida que o LiteraSP será uma vitrine ainda maior para o meu trabalho e me dará a oportunidade de encerrar a mini turnê por São Paulo com chave de ouro.

Papo de recomendação para teus leitores...


Kelly - Que livros você recomendaria para seus leitores?


Rafael Sales - Eu recomendaria qualquer coisa da Carolina Mancini. Sou fascinado pela escrita dela, e não é só pelo motivo dela ser minha amiga, na real, ela se tornou minha amiga depois que comecei a acompanhar o trabalho dela como escritora e ilustradora. Assim como Semente de Âmbar foi influenciado por muitos elementos indígenas, tenho quase a obrigação de recomendar livros que bebem desta mesma fonte, então acho super válido conhecer os livros: A Ponte Entre Os Dois Mundos do autor Wallace Willian de Sousa, a série Folclórika do autor Glauco J. S. Freitas, Na Escuridão da Noite do autor Marcio Neri, todos publicados pela Editora PenDragon, e também os livros Cira e o Velho do Walter Tierno, Legado Folclórico do Felipe Castilho, Araruama do Ian Fraser e conhecer os livros da autora Vânia P. S. Hu’yju disponíveis no Wattpad e Amazon.


Agora sobre teus livros favoritos da vida...


Kelly - Quais são livros favoritos?


Rafael Sales - Eu vou ser repetitivo nessa resposta e bem puxa saco, kkkk, mas entre meus livros favoritos estão; Dias de Chuva da Carolina Mancini, O Senhor da Chuva e Sementes no Gelo do André Vianco, Sobre A Escrita do Stephen King, Jogos Vorazes da Suzanne Collins e O Oceano no Fim do Caminho do Neil Gaiman.

Para finalizar...


Kelly - O que você diria para os leitores da entrevista que se interessaram em ler teu livro?
Rafael Sales - Elisa e os Renegados contam com sua ajuda para sobreviver a guerra entre os habitantes da Ordem e do Caos. E que o livro está disponível para venda no site da Editora PenDragon, e também diretamente comigo com marcadores exclusivos da série e autografado, só mandar um alô nas redes sociais hehehe.


Meu Instagram Literário: @kemiroxtvliterario

Skoob do livro | Instagram do escritor



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